Se tem algo que eu adoro é assistir séries! Principalmente quando tenho uma boa companhia (né, amor? <3) e uma história envolvente. Dessa vez as coisas foram assim por aqui. Gui e eu, por indicação da Danny, resolvemos assistir a tão comentada Mr. Robot. Ouvimos falar super bem da produção e resolvemos adicioná-la logo à nossa lista.
A série foi uma espécie de ansiedade e um pouquinho de decepção – depois conto o motivo. Porém, não posso negar: ela é muito boa. Você realmente fica preso à história e se sente envolvido com o mundo de Elliot. De certa forma, até participa dele, já que o personagem vive conversando com o telespectador. É algo tão intimista que me perguntei diversas vezes qual era nosso grau de amizade, sabem?
Mr. Robot foi criada por Sam Esmail e atualmente está na segunda temporada (a terceira já foi confirmada). Os episódios passam na USA Network e ainda não estão disponíveis na Netflix (poxa!). No Brasil, ela é transmitida pelo canal Space e chegou até a passar na Record. Se você não tem TV por assinatura, aproveite os players online.
Vale lembrar que eu assisti apenas a primeira temporada da série e é com base nela que estou escrevendo a resenha. Além disso, podem existir alguns spoilers, principalmente em comparações com outras histórias. Para não acabar com a graça, vou sinalizar quando houver alguma informação que você pode querer não saber, ok?
SINOPSE DE MR. ROBOT: Elliot (Rami Malek) é um jovem programador que trabalha como engenheiro de segurança virtual durante o dia, e como hacker vigilante durante a noite. Ele se vê em uma encruzilhada quando o líder (Christian Slater) de um misterioso grupo de hacker o recruta para destruir a firma que ele é pago para proteger. Motivado pelas suas crenças pessoais, ele luta para resistir à chance de destruir os CEOs da multinacional que ele acredita estarem controlando – e destruindo – o mundo.
Piloto de Mr. Robot: qual a base da série?
A série Mr. Robot começa com Elliot conversando com o espectador. Isso mesmo! Logo de primeira ele já mostra a relação intimista que teremos no decorrer da história. Chega até ser mais intenso do que House of Cards, que utiliza uma técnica bem parecida na narrativa. A diferença é que Elliot se aproveita bem mais desse meio do que Frankie Underwood.
Depois nós conhecemos quem é o Elliot em uma conversa com o dono de um estabelecimento. Logo nos primeiros minutos de Mr. Robot nós já conseguimos entender alguns pontos da história. A primeira, e mais óbvia, é que o personagem é um hacker. A próxima é que ele utiliza esse conhecimento para fazer algo bom, como entregar pedófilos ou fazer um homem casado se afastar de uma pessoa próxima a Elliot.
O episódio piloto de Mr. Robot já demonstra muito como será a temporada. Nós somos apresentados ao personagem principal de forma que entendemos quem ele é de cara. Elliot possui algumas dificuldades em lidar com a sociedade – inclusive a critica bastante -, como uma espécie de fobia social, mesmo. Inclusive, na minha opinião, a maioria dos melhores diálogos na série acontece na terapia do personagem.
E aí nós temos um hacker, com fobia social, trabalhando em uma empresa gigante – a Allsafe. Essa tem como principal cliente a Evil Corp. O nome pode parecer engraçado, mas tem um motivo. SPOILER. Toda a série é com base no ponto de vista do Elliot, certo? E ele considera essa empresa algo ruim. Na verdade, a única coisa que sabemos é que ela tem um logotipo com a inicial E. O nome é criado por Elliot e reproduzido por todos os personagens porque, como eu disse, a história é narrada por ele. Então o nome não é esse de verdade mas, sim, como o personagem a conhece.
Mr. Robot: qual o tema da temporada?
A primeira temporada de Mr. Robot é basicamente a luta da FSociety – um grupo de hackers – querendo intervir no sistema de grandes companhias mundiais. Elliot conhece a FSociety quando esta invade o sistema da empresa onde ele trabalha, a Allsafe. Não vou contar os ideais do grupo para não esconder a surpresa, mas é impossível assistir a série e não ligá-los com a nossa atualidade. A história traz diversas criticas ao capitalismo e ao nosso modo de viver. Ou seja: sempre querendo mais os bens materiais e deixando o lado humano de lado.
Nós também somos apresentados a outros personagens fora do FSociety, alguns inclusive com uma narrativa um pouco alheia. Temos Sheila, vizinha de Elliot, que tem sua história com um traficante de drogas. Há a Angela, amiga de infância do personagem principal e também colega de trabalho. Ela, em um ponto da história, ganha seu próprio conflito a ser resolvido. E, por fim, entre as pessoas fora do FSociety, há Tyrell Wellick, que cresce muito no decorrer dos episódios.
Apesar do foco principal ser o Elliot e toda sua percepção da sociedade, relação com as pessoas ao seu redor e o que envolve seu mundo como hacker, nós podemos acompanhar outros conflitos de personagens ao redor. Curto muito quando a série possibilita isso, assim a narrativa não fica tão focada em apenas uma pessoa.
Por que Mr. Robot é tão comentada?
Mr. Robot ganhou a internet rapidamente. Não é a toa que mal estreou lá fora e todo mundo já estava pirando. A série traz uma crítica muito forte à nossa cultura atual. É algo diferente do que Black Mirror faz, por exemplo, mas é tão boa quanto. Nós acompanhamos diversos diálogos que nos faz pensar o quanto estão corretos. Inclusive, Elliot é responsável por grande parte dessas “análises”.
Outro ponto em que Mr. Robot se destaca é a fotografia e enquadramento. Ela poderia ser uma série que não sai do lugar comum quando o assunto é captação de vídeo. Mas é incrível como Mr. Robot passa a mensagem de formas diferentes. Os enquadramentos de câmera utilizados são bem distintos do que estamos acostumados – mas sem perder a eficiência.
O que me chamou atenção em Mr. Robot foi a intimidade de Elliot com o espectador. Quando ele conversa com a gente é como se fosse um amigo, mesmo. Nós sentimos vontade de protegê-lo, abraçá-lo e dizer que vai ficar tudo bem. Você realmente começa a fazer parte do mundo dele e até começa a entender seus dramas pessoais.
Por que a série me decepcionou?
Antes de tudo, vale lembrar que esse item pode conter spoilers para quem não assistiu a série ainda. Além disso quero dizer novamente que toda a resenha foi baseada na primeira temporada, única da série que acompanhei até o momento. Avisos entregues, vamos lá!
Mr. Robot é uma série muito inteligente. Além de toda a parte técnica que se destaca (como citei a fotografia e enquadramento, por exemplo), os atores cumprem bem os seus papeis e os personagens prendem você às suas histórias. Mas há uma narrativa diferente, que poucos podem perceber logo de começo. Eu confesso que só fui entender do que se tratava quando assisti uns 3 ou 4 episódios. Minha amiga, por exemplo, sacou logo no primeiro. Depende muito de pessoa para pessoa.
Eu não vou dizer o que acontece com todas as letras porque iria estragar a surpresa. Mas quando comecei a entender do que se tratava, fiquei um pouco frustrada. O tema é algo que já vi em outras produções (como Clube da Luta, e talvez esse seja o maior spoiler da resenha), então fiquei um pouco triste por ser um cenário já visto em outras histórias. Claro que isso não tira o mérito da série em questão de roteiro, que é ótimo, mas não posso mentir e dizer que curti tanto assim.
Isso porque eu esperava um pouco mais, sabem? Algo um pouco fora do lugar comum, que é acontecer o que aconteceu com um rapaz que possui um tipo de depressão. Se você assistiu Clube da Luta, talvez possa sacar o que houve. Isso pode deixar a série ainda melhor para você. Mas pode, também, te decepcionar um pouco – como aconteceu comigo. Minha amiga, que já viu todos os episódios lançados, disse que esse fato tem um motivo. Porém, como estou falando da primeira temporada, não posso esconder meu descontentamento.
Vale a pena assistir Mr. Robot?
Mesmo com essa parte que me deixou desapontada, eu indico muito a série! A história é muito envolvente, você cria um laço muito forte com o personagem principal e, inclusive, acompanha ótimos diálogos. Eu gostei muito da temporada e quero sim assistir a próxima. Até porque a season finale me deixou mega curiosa!
Vale lembrar que Mr. Robot não é uma série “suave” para assistir quando você quer só distrair a mente. É impossível não criar diversas teorias nem sentir o cérebro um pouco bugado dependendo do episódio. Então, fica a dica: assista quando quiser se envolver, mesmo!
Agora quero saber de vocês: já assistiram Mr. Robot? O que acharam da série? Comentem aí!
Jennifer Garcia
novembro 5, 2016Adorei conhecer um pouquinho da serie…
Já me indicaram tbm pra ver, mas quem sabe com o tempo eu veja…
https://blogdajenny2014.blogspot.com.br/
Juliana Duarte
julho 21, 2017Assiste sim, Jen! É ótima 🙂